Como o título aponta, Tropical/Bacanal se dissolve em referências tomadas por um clima muito mais abrasileirado, com o trio seguindo de forma aprimorada o mesmo enquadramento da faixa Tieta – um axé-pop do primeiro disco. Partindo desse princípio, o Bonde estabelece uma coerente relação com a presença tropical que se apodera do indie nacional, dialogando abertamente com o que Do Amor (Pucko), Holger (Baby Don’t Deny It) e Banda Uó (Kanye) vêm desenvolvendo em seus respectivos trabalhos. Mesmo que faltem versos tão sujos quanto os que movimentaram “clássicos” como Marina do Bairro, a fluidez pop de músicas como Bang e Baby Don’t Deny It (regravação de Baby Doll de Nylon com participação de Caetano Veloso e Poolside) garantem um resultado seguro ao disco.
Embora seja função (involuntária) de alguns álbuns fornecerem as respostas mais adequadas às diversas percepções e sensações humanas, isso está longe de acontecer com o trabalho do Bonde do Rolê. Assim como no projeto anterior, o que motiva e conduz o disco é a força da banda em produzir um registro descompromissado, dançante e divertido em todos os limites. Não espere encontrar a resposta para sua melancolia, termino de relacionamento ou qualquer outra dúvida existencial dentro do disco. Da faixa de abertura, Arrastão, até a cômica Baile Punk no encerramento do álbum, tudo é desenvolvido de forma a convidar o ouvinte para a dança, sem que ele precise pensar muito sobre isso.
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